segunda-feira, 25 de outubro de 2010

O poeta não mente - Lucas Dulce


O poeta não mente
mata o medo da mente
joga os braços à frente
e rima com dores
segredos e amores
as injúrias da alma
que carrega com calma
sem reclamar de seu peso
nem dos vários pesares.
Vai lançando nos ares
os seus ais e seus risos
das memórias dos mares
das espumas de prantos
e dos céus de sorrisos
jorrando do peito
o calor das lembranças
das chegadas e andanças
num país interior
que carrega no fundo
desse paralelo mundo
as imagens da vida
pela ida ao centro
de seu microcosmo
nos seus próprios infernos.
Pelo frio do inverno
se esquenta em palavras
e sacode as aldravas
do seu reto pensar
sabendo que escrever
é como erguer um lar.
Faz sua base em palavras duras de rocha
para que o vento não derrube
a leveza das rimas.
Das suas verdades já ditas
que pesa em seus ombros
jogadas no branco da folha
antes que caiam escombros.
Soterrando seus dedos
e nos gritos e medos
já não possa rimar.

2 comentários:

  1. Oii , muitoo interessante o teu blog, e particularmente gostei mtoo desse texto, todos nós temos um fascínio pelos poetas, obrigada por visitar meu blog! abraçoo hermanoo! em breve karine volta praí ^^

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  2. Poeta não mente: poema monstro.

    parabéns kazuza

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