quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Eva de Lucas Dulce


Foste assim, insperada.
Aparecida na noite, sutil.
Teu olhar, como flecha disparada.
E o peito do poeta Adão, caiu!

Oh megera Eva!Pecadora.
De todas a mais materna.
Dona da hora acolhedora
e da chama eterna.

Foste vil por Amor?
Seria o passado revolto
desta chaga o causador?
Cessa-se agora esta dor.

Já calou-se meu clamor
paguei tudo a duras penas.
Soube de Deus através da dor
que dera frio e agora calor.

E tu, oh mulher cruel!
Grato estou por esta Cruz
pelo vinho e pelo fél.
Pois há, em cada Treva
um ponto de Luz!
Seja ela, para o Inferno
ou para o Céu!

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