Os Deuses me odeiam
em seus concílios se organizam
lançam olhares para baixo
e na falta de um herói para testar
escolhem a mim como alvo.
Vejam! É estes que ele ama, matem-nos!
Percebem? E disso que ele precisa, privem-no!
E na falta de um oceano,
me lançam em tormentas metafísicas.
E lá vou eu, como todo herói,
penetrar no mundo dos mortos!
Mais uma vez um golpe,
outra vez uma tentativa.
Nesse emaranhado de pescoços
Hydra cria outra cabeça!
Olho pro alto e praguejo
a praga volta,
como um cuspe lançado pro alto
e atinge a face de quem o projetou!
Encosto a cabeça no travesseiro...parece pedra.
Encolho os ombros, são como chumbo.
Tudo se cala e penso:
-Queria ao menos lembrar dos meus erros!
E vem a consciência, justa, leve, tranquila...Athena!
E me acalma:
- Seja forte meu filho. É entre os Deuses, o preferido!